lunes, 19 de marzo de 2007

Porta secreta


Carne de Pescoço - 14/11/2005Zé RamalhoVou te passar um motivo que te faça como fez em mim, a nossa alegria alegria. O grande sopro que veio pelo mel de todos os segredos, pelo som de todos os brinquedos, um canto leve que leve a gente para outro lugar transparente, que em tudo reluz a boa e forte imagem que chega.Nesses dias que temos pela frente, à qualquer hora um "napalm" pode lhe acertar.Você pode esbarrar numa esquina com a sorte que lhe procura desde que você nasceu, e você pode procurar o planeta inteiro por ela (a sorte) e não encontrá-la. Ela pode estar lhe procurando em Marte ou em Saturno e não sabe que você está aqui na Terra. Portanto, quero ir para Vênus ou mesmo quem sabe, me plantar e enraizar meus pés no Brejo-do-Cruz, lugar cercado de luz. Amigo feto da minha infância.uma calçada cheia de lixo,refugos que vou atirando para tráspor cima dos ombros,chegarei um tempo, minha gente,nessa minha viagem para trás,onde falarei com velhinhos que estavamnos rubros campos de batalhae eles me disseram que o súbito silêncio...era a Voz de Deus.Para saber da passagem e qual a ponte a me atravessar, que próxima vinda me chega no corte das atrações em dia?Um magneto espesso, um solenóide aparente, os átomos bulindo, como eu diria: no gosto do fino cálculo.Descer da solidão, é se jogar no teu abismo. Naquela sensação de tiro e queda, um pulo no carnaval de cada um. A sensação das procuras e dos desejos. O saciar qualquer vontade, qualquer coisa que provoque fagias no teu denso mistério de homem. Teu curioso olho em flerte com o desafio.por detrás das montanhas,quando vens cada ciclo,me estremeço de veias,fico mudo de plenoano-luz amarelaque derrete os minerais,que amolece os animaiscurandeira das trevas,pastorinha do cais,que recebo em teus raiosno alimento das sombrasque chegaram relâmpagosentre olhos de pedrascavalgaram teu dorsonos umbigos da terranos rochedos que rompemante um raio mais forte,os sons das guitarras,faíscas da vida.Um torvelinho louco que nos levou em pouco tempo para o ventre dos abismos, nunca verá o brilho que engana os olhares curiosos dos nossos inimigos. E o milagre dos venenos que trouxeram todo o ardor do fogo nos ouvindo e nos livrando do que antes fora um barco salvador.os portões do éden vão se abrire os quatro cavaleiros armadosde carabinas e armaduras medievaisvão invadir os templos sagradose espalharão sede nas campinasnem as ervas sobreviverão,por mais daninhas que sejam,nem os peixes e nem os caçotessuportarão o peso das águas.mas as serpentes tentarão reagir,lançando fogo sobre o metal vil,laçando bichos já estranguladospela ação corrosiva dessa erosão,os holofotes do pequeno dragão,um fusco-pálido mais brancoso,poderá iluminar no céu.um para-quedas com uma cruz vermelhae os ossos brancos do pirata negrona abordagem da ilha do sossego.Qual é a mais estranha e distante percepção que uma projeção humana pode ser lançada no universo do seu raciocínio lógico e ilógico?O desconhecido sempre existirá. Porque o vocábulo exprime exatamente o que não pode ser definido como um conhecimento tátil ou teórico de alguma coisa dura, etérea ou regiões avançáveis. O sentido literal não é absoluto no "conhecido" e no "desconhecido' Maniqueísmo valor aplicado. As luzes acendem-se e apagam-se no cérebro do homem, deixando-o fantoche das suas emoções, e comandos da sua vontade.esteja eu perto ou longe,mantenha sempre nos olhosa minha imagem que eu me tranformoem olhar e em coração para embalaressa lembrançae desprender suas luzes na madrugadatodos que foram empalhados,não mais estaremos caladoscomo bichos alados que voamno silêncio da sua própria solidão,de quem souber imantara vela mais que fulgaso tempo para na curva e manda um beijopara a filha da chuvacorreio da noitevai amanhecere a manga da foice,se clara se vê.se foi ante-ontem,espero que contemquem foi sem morrertua porta, tão largavive aberta em silêncio,pois só treme nos gonzosquando rangem os seus dentes.mas quem for lá cruzá-la,vai viver seus momentos,pois é lá que habitamtodos os sexos dos anjose os chocalhos da cobrano olhar do sertãoEssa porta tem um ferro transparente como seda e uma rigidez tão sólida quanto a inocência das crianças.Ela vem de outros movimentos, de outros murmúrios, de outros paradigmas que não esses que são corrompidos desde que se coagularam nessa dimensão escabrosa do novo pensamento mundial.A cabeça. Como é bela. Os olhos são as janelas por onde essa coisa esquisita que se diz energia, espia o que se passa aí fora numa determinada partícula que flutua no universo.

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